terça-feira, 28 de maio de 2013

SER PASTOR NÃO É DAR SHOW Em Junho de 2006, muitos cristãos protestantes de todo o Brasil expressaram sua insatisfação ao lerem a reportagem de capa da revista VEJA (edição de 12 de julho de 2006), cujo título reflete com muita precisão o conteúdo da referida matéria: O Pastor é Show”. A matéria publicada aponta para o novo momento do protestantismo brasileiro, que não mais tem se representado pelo estigma da prosperidade, mas pelo advento dos “gurus” apostólicos, ou os assim chamados pregadores das multidões, mega pastores ou show-men´s da fé. Que através do emprego de técnicas de marketing, comunicação e até mesmo da psicologia têm emplacado como os novos expert’s da auto-ajuda nacional. Infelizmente, mais uma vez os “evangélicos” como temos sido usualmente chamados, não têm sido diferenciados quanto suas crenças e práticas. Onde igrejas sérias e históricas são confundidas com algumas “curiosas” igrejas locais e denominações em seus ritos e práticas (estranhos ao Evangelho de Cristo). O cristianismo da Terra de Vera Cruz vive um momento de profunda crise de identidade, onde muitos modismos e teologias decadentes advindos de diversos lugares do mundo encontram abrigo, sobrando ainda até um pouco de espaço para as heresias made in Brazil, 100% nacionais. Para minha surpresa, folheando a referida edição de Veja (em quanto aguardava numa sala de espera), li na seção de Cartas, diversas mensagens de leitores evangélicos em manifestação de total aprovação a reportagem da edição anterior. Tantas mensagens, e quase nenhum conteúdo, tantos elogios e apenas uma crítica. Diante disso, confesso que meu espírito amargurou-se. Acho que o que aprendi até aqui é totalmente inútil. Ou como diria Sócrates: “o que sei é que nada sei”. Reflito nas palavras de João Batista (precursor do Senhor) sobre Jesus: “Convém que Ele cresça e que eu diminua” (João 3.30). Pois é, talvez João Batista estivesse errado, e por não ter pensado e se comportado como os “gurus” que surgem nos canais de TV aberta em nossas manhãs de sábado, perdeu provavelmente a oportunidade de fundar sua própria denominação, ou até mesmo destacado ainda mais o seu nome na história. Sinto-me tentado, a exemplo de meus colegas, a me auto-proclamar Apóstolo de Jesus, seguindo talvez a sucessão Joanina ou Paulina, já que a “franquia” Petrina já foi patenteada por algumas igrejas. Infelizmente, é cada vez mais evidente a tendência de descentralização de Jesus Cristo em sua igreja. Jesus tem “perdido” seu espaço para egos inflamados que se dizem seus representantes. E por falar nisso, acho que o termo “Igreja” deve mesmo cair em desuso. Novos termos como tribo, encontros, point, etc. devem mesmo emplacar. Sinceramente, acho tudo isso muito show, ficarei no anonimato. Que meu “espírito de grandeza” seja sufocado pelo serviço. Pois, segundo Jesus, “para ser grande tenho de ser pequeno” (Bíblia Viva) (Mateus 23.11). Me esconderei atrás da cruz sem demagogia ou falsidade. Quero ser pequeno! Aliás, aproveito a ocasião para me solidarizar com João Batista. Por resistir bravamente à tentação de ser grande. Concluo meu pensamento com a seguinte afirmação: Ser pastor é não dar show. Convém que Jesus Cristo cresça e que eu diminua a cada dia!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Á PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO Um dia, dois homens subiram as escadarias do Templo de Salomão para fazer suas preces. Um deles era um fariseu e outro era um publi¬cano. Antes de contar a história desses dois homens, explicaremos alguma coisa a você. Os fariseus eram homens religiosos, que viviam no tempo de Jesus. Eram muito orgulhosos e se con-sideravam perfeitos por cumprirem as determinações da sua religião. Gostavam de discutir sobre assuntos espirituais. Consideravam suas interpretações como as únicas certas. Eram vaidosos pela antigüidade de sua seita religiosa. Tratavam os partidários das outras crenças com ódio e desprezo. Achavam que “religião” era somente a prática de cerimônias nas suas igrejas (que eram chamadas sinagogas; templo só havia um, o de Salomão, em Jerusalém). Eram, quase sempre, cheios de vícios e erros, mas, fingiam por palavras e atitudes que eram corretos e santos. Os publicanos eram os cobradores de impostos. No tempo de Jesus, a Palestina pertencia ao Império Romano. Por isso, os judeus pagavam impostos ao Imperador. Os publicanos eram, em geral, judeus que exerciam essa profissão: cobravam impostos de seus compatriotas em favor do Império de Roma. Aproveitavam-se, muitas vezes, da sua função para impor multas desonestas, roubando o povo. Por isso, eram geralmente odiados e tidos como ladrões....(Lucas, capítulo 18. 9 a 14) Voltemos, agora, à nossa história. Um fariseu e um publicano subiram ao Templo para orar. O fariseu fazia sua oração, dizendo: — Ó meu Deus, eu Te agradeço muito, porque não sou semelhante aos outros homens, que são la¬drões e injustos. Agradeço-te porque não sou como este publicano indigno que está ali adiante... Ó Se¬nhor, todas as segundas e quintas-feiras eu jejuo, recordando a subida de Moisés ao Monte Sinai e sua descida com as Tábulas da Lei. Dou o dizimo de tudo quanto ganho nos meus negócios... O publicano estava a alguma distância do fari¬seu. Não tinha coragem nem de levantar os olhos ao Céu, pois estava profundamente arrependido dos fur¬tos que cometia ao cobrar os impostos. Também ora¬va, mas, sua prece era muito diferente da oração do fariseu orgulhoso. Dizia o publicano na sua prece:—Ó Deus, tem misericórdia de mim, que sou um miserável pecador! Que foi que aconteceu depois dessas duas ora¬ções? Deus ouve todas as pre¬ces que nós Lhe fazemos. Mas, nem a todas Ele responde. A prece do, fariseu era uma declaração de orgulho; nem merecia ser chamada prece. Deus não atende aos orgulhosos. A oração do publicano é o grito de uma alma arrependida de seus pecados. E é justamente isso que Deus deseja: que nós reconheçamos nossos erros e nos emendemos, buscando o caminho do bem. Por isso, Deus atendeu à oração do publicano e o justificou, isto é, deu-lhe novas forças para que ele se corrigisse e caminhasse honestamente na vida. O fariseu não teve sua oração atendida por Deus por causa do orgulho e dureza de coração. Em lugar de suplicar as benções de Deus para sua alma, ele, cheio de orgulho, desprezou os outros, considerando-se muito digno. Demonstrou ignorar a Sabedoria de Deus, pois apresentou ao Pai Celestial uma lista das coisas que fazia, como se Deus não soubesse de tudo que acontece. O publicano, ao contrário, foi humilde e sincero. Reconheceu, diante de Deus, que era um pecador e pediu perdão de suas faltas e culpas. Por isso, foi ouvido por Deus, que Lhe deu novas forças espiri¬tuais. HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU- Clóvis Tavares
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